2 de dez. de 2011

Vai Pela Capa

Bora pra mais uma semana de Vai Pela Capa, mais uma semana com o bom, o ruim e o feio do que tem saído lá fora. Essa semana, se preparem pra muita Sigourney Weaver, pro retorno à vida de um herói que mal esfriou no caixão, arte e velocidade. Cuidado, SPOILERS malditos por todos os lados!



ALIENS: FAST TRACK TO HEAVEN



O que promete: Sigourney Weaver, Sigourney Weaver, Sigourney Weaver.

O que acontece: Claustrofobia. E Aliens.

A estação espacial Heaven orbita um planeta inteiramente coberto de água. Um novo mundo, inabitado, com novas formas de vida, com poucos membros de uma equipe de cientistas enfrentando um problema atípico, o elevador que permite o transporte dos cientistas da estação pro planeta, enguiçou no meio do caminho.

Só falta a Sigourney Weaver.



Mas não, não tem Sigourney Weaver.

Tem um tiozão caolho responsável pela segurança, o único preparado pra enfrentar a ameaça que eles nem sabem que estão correndo.



O gibi corre bem rápido, o suspense é bem construído e estabelecido no roteiro e na arte pelo novato Liam Sharp. Evidentemente muita gente morre, em vista de que a Sigourney Weaver não esta nesse gibi, e chegam até a descobrir indícios de que uma grande corporação da Terra estaria por tras da encubação de um dos membros da tripulação com um dos Aliens.



Que claro, não era a Sigourney Weaver. Senão o gibi tinha acabado mais cedo.




KICK ASS 2 #5



O que promete: "Death by cosplay" é talvez o melhor subtítulo de um gibi..


O que acontece:
..Mas talvez, o subtítulo mais apropriado aqui seria: "Garantindo a aposentadoria de Mark Millar".

Depois das últimas edições, onde tudo estava indo bem pro Kick Ass, fama, vida de aventura e a garota dos seus sonhos no alcance dos seus dedos, tava mais do que na hora da merda bater no ventilador.

O problema é que o Mark Millar força DEMAIS na merda.



Depois do ataque dos vilões, do estupro da sua namorada, agora é o pai dele que é morto na cadeia, depois de ter sido preso ao se fazer passar por Kick Ass pra salvar o filho.

Conforme fui lendo o gibi, ja fui imaginando que seriam aquelas, vinte páginas na pura desculpa de foder ao máximo a vida do garoto, pra no final, a Hit Girl - até então convertida na sua vida coxinha de tranquilidade - se comover com toda aquela desgraça, e na última página, resolver meter seu dedinho no meio dessa bosta toda, de preferencia mandando alguem se foder, pra ter impacto.




Sério, dava pra ter escrito esse review sem ter lido o gibi.



FANTASTIC FOUR #600



O que promete: Vou confessar que gosto dessa vibe meio gari espacial do Quarteto.


O que acontece: Puta gibizão.

Ja falei do Jonathan Hickman por aqui. O cara aparentemente não liga pra vida social, uma vez que está envolvido em uns três ou quatro títulos separados, e é exatamente quando você vê uma edição especial como essa, que você imagina o nível de comprometimento, e o cheiro de doritos como única refeição diária impregnada na casa desse cara até entregar tudo no prazo.



100 páginas, cara. CEM. É muita página.

Fantastic Four #600 é mais ambicioso do que muitos gibis de aniversário. Aqui, coisas realmente acontecem, e armam o palco pra algo muito maior e talvez mais interligado com os planos da Marvel pro ano que vem, que envolvem uma certa ruiva mutante.



Muitos artistas revezam em histórias que lidam desde a história solo de Franklin Richards, o garoto que cria universos, o novo status dos Inumanos, à Galactus preocupado com o destino da Terra, que ele garante "vai ser quebrada". Mas o destaque vai pra o retorno da morte do Tocha Humana.





Sério, muita coisa acontece nesse gibi. Muita coisa boa. Sci-Fi de qualidade, ação e aventura inteligente. Top 3 dos gibis da Marvel hoje, fácil.




THE FLASH #3



O que promete: Quando esse gibi vier pro Brasil, esse vilão tem que se chamar "Montinho" ou a tradução perde a credibilidade.

O que acontece: Arte.



Flash é o tipo de gibi que te pega de surpresa. Eu sinceramente não esperava nada desse gibi depois da saída do Geoff Johns com o reboot, mas não tem jeito, edição após edição, me surpreende. Eu fico achando que o escritor e desenhista Francis Manapul vai se enfiar num beco sem saída, mas ele acaba se mostrando mais criativo do que se espera.

Aqui, o Flash enfrenta um vilão com clones. Ok, até ai nada muito novo, nada muito original em si, mas aqui funciona. Pra completar, o Flash descobre um novo poder. Derivado da Speed-Force, a "força da aceleração" que lhe dá super poderes, ele tem também uma consciência expandida, conseguindo visualziar possíveis resultados pra coisas que ainda não aconteceram.



Tá, bla bla bla. O que vale MESMO aqui é a arte:



Manapul e Brian Buccellato demonstram uma intimidade com os personagens, que da gosto de ver. De dar vontade - num gibi rápido sobre velocidade - de parar quadro a quadro pra apreciar o mais devagar possível.

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